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Quarta, 05 de abril de 2006 - 11h15min
Minerais orgânicos valorizam o leite
Por Gil Horta *
A nutrição é a base para a produção, seja de carne ou de leite. E a melhor nutrição é a base para a produção mais rentável. Sendo assim, fica claro que não podemos descuidar da nutrição sob o risco de reduzirmos a rentabilidade na atividade pecuária.
Tradicionalmente nos preocupamos com a quantidade de proteínas, de energia, minerais e vitaminas que os animais precisam consumir diariamente. É a chamada Nutrição Quantitativa, ou seja, a quantidade necessária dos elementos nutricionais básicos, sem os quais a produção animal fica comprometida.
Hoje se descortinam novas paisagens na pecuária. Além de buscar maior produtividade, que vai diluir os custos, o criador deve cumprir novas exigências: respeito aos animais e ao meio ambiente e ainda produzir alimentos mais saudáveis e em maior quantidade. Na busca destes avanços surgem novas tecnologias de nutrição, se destacando a dos Minerais Orgânicos.
Simplificando, Minerais Orgânicos nada mais são que os elementos minerais tradicionais (chamados inorgânicos) transformados na indústria, onde são ligados a moléculas orgânicas, açúcares e/ou aminoácidos específicos, formas nas quais os minerais se tornam mais biodisponíveis, isto é, poderão ser aproveitados mais eficientemente pelos animais.
Começa assim a era da Nutrição Qualitativa. Serão mais nutrientes absorvidos que se dirigem para a produção, ao mesmo tempo em que diminuem as perdas pelas fezes e a contaminação do solo. Sendo reconhecidos como naturais pelo organismo, estimulam o metabolismo e melhoram a saúde dos animais, tornando-os mais resistentes às doenças e infecções. E isto se reflete em carne e leite de melhor qualidade!
A Tortuga, em parceria com diversos centros de pesquisa no Brasil e exterior, desenvolveu processo exclusivo de produção de Minerais Orgânicos, chamados de Carboquelatos. Presente em toda linha de produtos e abastecendo mercados da América Latina e Europa, os carboquelatos têm demonstrado extrema eficiência em diversas explorações pecuárias.
Como exemplo, em vacas leiteiras a utilização dessa tecnologia tem propiciado significativa diminuição na contagem de células somáticas (CCS) no leite. Em trabalho recente, com a mineralização tradicional esse índice ficou em 420 mil/ml de leite, ao passo que com o mineral orgânico houve sensível diminuição para 298 mil/ml. É, certamente, leite de melhor qualidade.
Aplicar mais tecnologia na produção com qualidade não significa maior custo para o produtor, ao contrário significa benefícios, pois a qualidade ainda reflete em maior produção e diluição de custos.
Além disso, uma tendência cada vez mais clara é a valorização dos produtos de qualidade pela indústria e pelos consumidores. Ganha o consumidor que vai comer mais e melhor, ganha a indústria de transformação (laticínios, frigoríficos) e sem dúvida alguma, ganha o produtor que vai vender mais com melhor preço.
* médico veterinário e coordenador nacional de gado de leite da Tortuga
E-mail: gil.horta@tortuga.com.br
Fonte: Texto Assessoria de Comunicações
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