Quarta, 15 de outubro de 2008 - 17h13min
Os desafios do produtor de soja para a próxima safra
Por Fábio Dias
Existe hoje uma natural preocupação de todos os agricultores sobre a melhor forma de obter bons resultados com a próxima safra, em função da turbulência nos mercados financeiros, que se expandiu para a economia real. O produtor de soja, que está no início do plantio, talvez seja o mais preocupado, devido à soma da queda do preço no mercado internacional, com a insegurança sobre a variação cambial, as restrições de crédito e de financiamentos, o que impacta diretamente a venda futura da próxima safra.
Apesar dessas incertezas, há muitos fatos positivos no horizonte. O primeiro é o crescimento consistente do consumo de soja há alguns anos, em decorrência do aumento de renda de milhões de famílias na Ásia, na América do Sul (particularmente no Brasil) e até em algumas regiões da África, cujos ganhos nada têm a ver com o mercado financeiro. E existe a ampliação do uso de fontes de matérias-primas renováveis como o biocombustível. A área de soja no Brasil crescerá cerca de 2% e os estoques mundiais do grão estão bastante baixos, em comparação aos níveis históricos, o que favorece o produtor na hora de negociar. Aqueles que se planejaram conseguiram comprar insumos a um dólar mais baixo e vender a um dólar mais alto, obtendo uma vantagem significativa.
Além disso, a tecnologia agrícola continua a evoluir muito rapidamente, possibilitando novos ganhos de produtividade na safra 2008/2009. A prioridade número um do produtor deve ser produzir mais na mesma área, para aumentar a rentabilidade, pois o crescimento sustentável com o uso de tecnologia é o que vem fazendo a agricultura brasileira cada vez mais competitiva. A contribuição da BASF nesse sentido é disponibilizar produtos que atendam a necessidade dos produtores no controle de doenças e que além disto proporcionem aumento de produtividade (através dos efeitos fisiológicos positivos nas plantas - AgCelence), o produto Opera® tem apresentado um incremento de até 10% em produtividade quando comparado a outros produtos do mercado.
As oportunidades continuam sendo promissoras para quem planeja, investe em tecnologia e negocia bem. As pessoas vão continuar a comer, o biocombustível manterá sua atratividade e o Brasil cada vez mais se consolidará como a grande fonte de produtos agrícolas para abastecer o mundo.
Graduado em Administração de Empresas pela USP, Executive MBA pela Business School de São Paulo e Extensão MBA (Managing in the global economy) pela Universidade de Toronto - Canadá. É gerente de Milho e Soja de Proteção de Cultivos da BASF.
E-mail: fabio.dias@basf.com
Fonte: CL-A