Ribeirão Preto/SP
Quarta, 30 de abril de 2025 - 11h25min
Cummins destaca participação na 30ª Agrishow
Reconhecida pela confiabilidade de suas soluções para clientes do setor agrícola, a Cummins Brasil promove na Agrishow 2025 um portfólio estratégico, alinhado às necessidades do campo. A empresa alia experiência e inovação para oferecer tecnologias que impulsionam a produtividade, reduzem emissões e antecipam os desafios futuros — em linha com a estratégia global de sustentabilidade Destino ao Zero.
Entre os destaques, está o sistema de pós-tratamento de emissões, que marca a entrada da Cummins em um novo capítulo da transição energética no agronegócio. As novidades apresentadas ainda incluem o motor eletrônico QSF 4.5, o mesmo motor de 4 cilindros da líder em tecnologia de energia, porém na versão mecânica e com cárter estrutural — solução da empresa para o setor de tratores, essencial para o conceito monobloco. O portfólio exposto nesta edição da Agrishow reforça o compromisso da Cummins com tecnologias cada vez mais eficientes, sustentáveis e conectadas às demandas do campo.
Com presença no setor agrícola, a Cummins Brasil se destaca especialmente no segmento de pulverizadores, onde mantém 52% de participação de mercado. A marca é reconhecida por aliar desempenho, durabilidade e suporte técnico, consolidando sua posição como referência para as operações no campo
A Cummins desenvolve e oferece soluções energéticas que equilibram a realidade operacional do agronegócio com o compromisso ambiental e regulatório. “Os motores a diesel seguem como base das operações no campo e vêm evoluindo com foco em eficiência, redução de emissões e compatibilidade com até 20% de biodiesel (B20), oferecendo mais flexibilidade e sustentabilidade aos nossos clientes”, afirma Mauricio Biadola, diretor de Vendas Off-Highway da Cummins Brasil.
Pós-tratamento de emissões: visão de futuro para o campo
Alinhada às futuras exigências ambientais do Brasil (MAR-II) e da América Latina, a Cummins apresenta pela primeira vez ao setor agrícola sua tecnologia de pós-tratamento de emissões. O sistema foi projetado para atender Tier 4 Final e Stage V com alta eficiência, compacidade e integração otimizada em equipamentos como tratores, pulverizadores e colheitadeiras.
Com design modular e patenteado, o sistema é até 60% menor e 40% mais leve que os modelos convencionais, facilitando a instalação e reduzindo o impacto nos projetos dos fabricantes. O mixer de ureia exclusivo assegura a atomização ideal do Arla 32, neutralizando a emissão de poluentes. A solução é capaz de reduzir em até 80% o material particulado (MP), 70% os óxidos de nitrogênio (NOx), além de contribuir para a redução de monóxido de carbono (CO) e hidrocarbonetos (HC) — entregando alto desempenho ambiental e operacional, totalmente alinhado ao Destino ao Zero.
“A tecnologia que hoje é referência no transporte on-road chega ao campo com a robustez e a inteligência que o agro exige. O sistema de pós-tratamento da Cummins foi desenvolvido para antecipar as exigências ambientais do setor e, ao mesmo tempo, oferecer aos fabricantes uma solução viável, eficiente e compatível com os desafios de projeto. É uma plataforma pronta para aplicações futuras, exportações e evolução tecnológica das máquinas agrícolas brasileiras”, afirma Daniel Malaman, gerente geral da Cummins Emission Solutions.
Cárter estrutural: projeto essencial para tratores
Atenta às necessidades específicas do setor agrícola, a Cummins desenvolveu o cárter estrutural para os motores de 4.5 litros — uma solução essencial para aplicações em tratores com conceito monobloco. Nessa arquitetura, o próprio motor passa a integrar a estrutura de sustentação do equipamento, contribuindo para redução de peso e otimizações no projeto do equipamento agrícola.
Projetado para suportar as condições severas do campo, o sistema passou por validações virtuais e testes de bancada, garantindo robustez, durabilidade e flexibilidade para os fabricantes. Além de contribuir para a integridade estrutural do trator, este equipamento permite ajustes relevantes no projeto das máquinas agrícolas, como ampliação da autonomia de combustível e aumento da capacidade de carga — atributos que fazem diferença na produtividade e eficiência no dia a dia da operação no campo.
“O desenvolvimento do cárter estrutural representa uma resposta direta às demandas do segmento de tratores. Aplicamos nosso conhecimento em engenharia para criar uma base resistente e versátil, que oferece liberdade aos fabricantes para otimizar seus projetos com foco em eficiência, durabilidade e desempenho. É tecnologia Cummins aplicada à realidade do campo brasileiro”, afirma Biadola.
Motores Cummins que evoluem com o agro
A linha de motores Cummins segue em constante evolução para atender às demandas do campo. O motor de 4.5 litros diesel, disponível nas versões eletrônica (QSF 4.5) e mecânica (F 4.5), é reconhecido por sua robustez e pela maior densidade de potência da categoria no Brasil. Com potências que variam de 80 hp a 210 hp, e operação entre 2.200 e 2.300 rpm, os modelos oferecem facilidade de integração e manutenção simplificada, sendo ideais para aplicações em tratores, pulverizadores e outras máquinas especializadas.
Entre os atributos operacionais, destacam-se os intervalos de troca de óleo e filtros que chegam a até 500 horas, dependendo do perfil de uso, o que contribui para a redução de paradas, maior disponibilidade e otimização do custo total de propriedade (TCO).
Já o motor QSB 6.7, que teve sua potência ampliada para 295 hp, mantém sua relevância no campo com torque de 1.051 Nm e redução de até 9% no consumo específico de combustível em plena carga a 1.800 rpm. A evolução desse motor reflete o compromisso da Cummins em entender continuamente as necessidades do setor e adaptar sua engenharia para maximizar a eficiência, o desempenho e a rentabilidade das operações agrícolas.
Como parte do portfólio Cummins para o agronegócio, o motor QSB 6.7 segue relevante neste setor. Com potência de até 295 hp, torque de 1.051 Nm e redução de até 9% no consumo específico de combustível em plena carga a 1.800 rpm, a solução reflete o compromisso da empresa com a eficiência, o desempenho e a rentabilidade das operações agrícolas.
Cummins apresenta conceito de motor a etanol
A Cummins apresenta na Agrishow 2025 o conceito do motor B6.7 a etanol, desenvolvido para demonstrar o potencial do biocombustível como alternativa viável e estratégica para a transição energética no agronegócio brasileiro. Este produto está sendo projetado para operar com 100% de etanol hidratado nacional e reúne a expertise da líder em tecnologia de energia em motores de alto desempenho com soluções que aliam confiabilidade, eficiência e menor impacto ambiental em aplicações no campo.
Com 325 hp de potência e 895 Nm de torque, o motor conceito entregará desempenho equivalente ao de um motor diesel, com a vantagem de utilizar um combustível limpo, renovável e amplamente disponível no Brasil. Seu sistema de injeção direta a 350 bar, cabeçote com duplo comando de válvulas e turbocompressor para as condições operacionais brasileiras indicam um alto potencial de eficiência energética, durabilidade e operação mais silenciosa e limpa. Além disso, a simplicidade de manutenção e os intervalos estendidos contribuem para a redução do custo operacional — atributos que tornam o conceito especialmente atrativo para o setor agrícola.
A Cummins reconhece o etanol como uma das rotas estratégicas para a descarbonização, especialmente em países como o Brasil, que possui ampla aptidão para os biocombustíveis. “Dentro da estratégia Destino ao Zero, que guia a transição energética da empresa com base em inovação, colaboração e sustentabilidade, o etanol surge como um elemento viável e importante", diz Mauricio Biadola, diretor de Vendas Off-Highway da Cummins Brasil. “Essa estratégia parte do entendimento de que o caminho para a descarbonização passa por múltiplas rotas, respeitando a vocação energética e a infraestrutura de cada país. No caso do Brasil, além do gás natural, biometano e biodiesel, o etanol ocupa uma posição estratégica por sua disponibilidade, infraestrutura consolidada e potencial de redução de emissões”.
O etanol tem desempenhado um papel significativo na agricultura brasileira, não apenas como produto de exportação, mas também como insumo energético utilizado diretamente dentro das propriedades rurais. Sua aplicação como combustível fortalece a lógica de economia circular no campo e contribui para ganhos expressivos de eficiência, redução de custos logísticos e menor dependência de fontes fósseis.
Nesse contexto, a Cummins está investigando uma solução para aplicações comerciais. Originado a partir de uma iniciativa nos Estados Unidos visando descarbonização e sustentabilidade, o conceito tem como base uma arquitetura desenvolvida para operar com tecnologia de ciclo Otto — o que amplia as possibilidades da Cummins em oferecer soluções complementares aos motores diesel. O motor, desenvolvido com base em engenharia aplicada na série B, com 40 anos de produção e mais de 13 milhões de motores produzidos globalmente, conta aqui com um trabalho direcionado ao mercado brasileiro, operando com etanol, com foco em aplicações no campo — especialmente em propriedades com maior integração ao uso do biocombustível.
“Trata-se de uma alternativa dentro do ecossistema do etanol. Acreditamos que pode atender a operações específicas, especialmente no agronegócio, como em propriedades com produção própria de combustível, frotas regionais e rotas fechadas, onde o uso do etanol ganha competitividade e agrega valor à operação”, reforça Biadola.
O sistema de pós-tratamento utilizado, do tipo three-way (catalisador de três vias), é mais simples e menos oneroso quando comparado aos sistemas aplicados a motores diesel modernos, já que o etanol proporciona uma queima mais limpa e com baixa emissões. A utilização do etanol como combustível agrícola oferece vantagens ambientais significativas: considerando todo o seu ciclo de produção e uso, há uma retirada de CO₂ da atmosfera, o que contribui para a redução das emissões líquidas, considerando do poço à roda, e reforça seu papel como solução sustentável no campo.
Embora ainda não esteja em produção comercial, o conceito vem despertando o interesse de potenciais clientes e demonstra capacidade técnica e versatilidade para aplicações do setor agrícola.
“A expansão do uso do etanol em soluções energéticas para o agronegócio depende da evolução do ambiente regulatório e da mobilização de toda a cadeia. Temos atuado com foco em desenvolvimento tecnológico e diálogo com o setor, mas entendemos que a consolidação dessa rota exige um esforço conjunto entre indústria, governo e os próprios produtores rurais”, afirma Biadola.
O conceito foi desenvolvido para aplicações em máquinas agrícolas de médio porte, como pulverizadores, adubadoras, colheitadeiras e outras soluções off-road, especialmente em nichos onde a disponibilidade do etanol favorece a competitividade operacional.
Além do desempenho, o B6.7 a etanol contribui diretamente para a redução das emissões de poluentes. Estudos indicam uma diminuição de até 68% nas emissões de gases do efeito estufa em comparação com o diesel. Essa mudança não só fortalece a competitividade do agro brasileiro em mercados internacionais mais exigentes em relação à sustentabilidade, como também gera impactos positivos na biodiversidade brasileira e no equilíbrio ambiental das propriedades.
A Cummins também vê potencial no uso do etanol em combinações futuras com outras tecnologias limpas, como sistemas híbridos, sempre com foco na eficiência e sustentabilidade no campo. A líder em tecnologia de energia reforça que a descarbonização não depende apenas do tipo de combustível: exige infraestrutura, regulação, adaptação tecnológica e, principalmente, uma visão integrada. “O etanol, por exemplo, conta com uma infraestrutura sólida no Brasil, o que facilita sua adoção. Ainda assim, é preciso analisar o custo total da cadeia e como ele se encaixa nas operações. Por isso, nos mantemos próximos dos nossos clientes, avaliando viabilidade técnica e econômica e explorando caminhos conjuntos de desenvolvimento”, reforça Biadola.
Essa abordagem está alinhada com a vocação da Cummins de atuar em mercados complexos e desafiadores, oferecendo soluções robustas, eficientes e sustentáveis. A líder em tecnologia de energia reforça que seus produtos são desenvolvidos com foco no futuro, e que não basta garantir viabilidade técnica — é essencial compreender o custo total e o impacto operacional de cada tecnologia.
Fonte: Cummins