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Ibicoara/BA

Segunda, 03 de julho de 2006 - 17h20min

Bahia: Fundo Mútuo aporta recursos em agroindústria na Chapada Diamantina

O Fundo Mútuo de Investimentos em Empresas Emergentes Nordeste I (FMIEE) acaba de realizar o seu segundo aporte de recursos em uma empresa da Bahia. Desta vez, o destino do investimento é a Hortus Agroindustrial, que recebeu R$ 4 milhões para implementar um projeto de produção de batata pré-frita e outros vegetais congelados a partir de 2007, em Ibicoara, na Chapada Diamantina. Em 2004, o fundo, do qual a Desenbahia é cotista, investiu R$ 3,5 milhões na Ecoluz, consultoria baiana com atuação nacional na área de eficiência energética.

A Hortus está absorvendo um investimento total de R$ 12,5 milhões, aí incluído o capital de giro, na instalação de uma planta agroindustrial com vistas ao processamento de vegetais. Além do aporte do FMIEE, o projeto conta com recursos próprios do grupo paulista Agroinvest Kayatani e de financiamento do Banco do Nordeste.

O principal fornecedor de matéria-prima para o empreendimento será a Fazenda Bagisa, localizada no distrito de Cascavel, em Ibicoara, e controlada pelo Agroinvest. Outros grandes produtores locais deverão fornecer matéria-prima para o projeto. Paralelamente à Hortus, o grupo Agroinvest está implantando no mesmo local uma fábrica para a produção de batata chips, palha e tomate seco, consolidando assim o complexo agroindustrial de Cascavel.

“A Chapada Diamantina tem um potencial muito bom para a agroindústria e com esse empreendimento estamos plantando a semente de um pólo agroindustrial na região”, declarou Roberto Rutigliano Jr., gestor do projeto da Hortus, no qual tem participação.

Segundo ele, o fato de a Bagisa já estar em Ibicoara há cerca de 20 anos, produzindo principalmente batata e tomate, trouxe uma série de ganhos operacionais aos projetos em implantação. A propriedade tem uma grande produção – as projeções para este ano são de 731 mil caixas de tomate e de 357,5 mil sacos de batata. O volume de produção e o caráter empresarial do empreendimento lhe valeram no passado a posição de fornecedora da McDonald’s, quando esta adquiria o produto in natura.

O mercado de vegetais congelados no Brasil ainda é incipiente e apresenta um grande potencial de crescimento. Para ficar só em um exemplo, a própria McDonald’s do Brasil adquire batata pré-frita da Argentina junto à McCain, gigante canadense do setor com operação naquele país.

A planta da Hortus deverá estar concluída em outubro, com início de funcionamento marcado para dezembro. Até lá, a Agroinvest promoverá o treinamento de mão-de-obra para a fábrica, que, em plena carga, deverá gerar 310 empregos diretos e 775 indiretos, de acordo com as atuais projeções. Também será realizado treinamento para atividades no campo, sob a responsabilidade da Bagisa e da empresa Nascente Chapada, de Minas Gerais.

A Bagisa está investindo na melhoria do seu sistema de produção de batatas, visando a adaptação de variedades para os pré-fritos congelados. A previsão é de que a Hortus produza no primeiro ano 5,2 mil toneladas, das quais 3,5 mil somente de batata pré-frita congelada. O restante corresponderá a brócolis, couve-flor e aipim. A idéia é incorporar futuramente ao mix milho, ervilha, cenoura e outros vegetais congelados.

Roberto Rutigliano disse que o empreendimento da Hortus alcançará uma situação de equilíbrio financeiro já ao final do primeiro ano de operação. O projeto inicial prevê que se torne plenamente rentável dentro de quatro anos, mas o executivo aposta que essa posição será conquistada em menos tempo: “dentro de três anos”.


Fonte: Governo da Bahia

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