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Feira de Santana/BA

Sexta, 09 de fevereiro de 2007 - 15h11min

Bahia: Nestlé inaugura fábrica em Feira de Santana e amplia regionalização

Nova unidade teve investimento de R$ 100 milhões e está inserida no projeto de regionalização iniciado pela companhia em 2004.

A Nestlé Brasil lança hoje unidade industrial em Feira de Santana, a 110 km de Salvador. Trata-se da segunda fábrica da empresa no Estado da Bahia. O empreendimento, que teve aporte aproximado de R$ 100 milhões, terá ainda um Centro de Distribuição (CD) e produzirá inicialmente massas lámen e envasará bebidas achocolatadas, cereais e café solúvel. No futuro, fabricará também cereais, bebidas achocolatadas, sorvetes, iogurtes, biscoitos, sopas e caldos.

Com capacidade inicial de produção de 40 mil toneladas por ano, a fábrica abrirá mais de 2.000 postos de trabalho diretos e indiretos, além de movimentar a cadeia produtiva da região e arrecadar inicialmente cerca de R$ 25 milhões em impostos municipais e estaduais. O empreendimento contará com fornecedores locais de serviços de segurança, alimentação e limpeza e 75% do maquinário das linhas de produção e envase da nova unidade foram adquiridos no Brasil. A nova unidade contará ainda com uma zona de tratamento de efluentes, caldeira para combustão à base de gás natural e programas internos de reciclagem de materiais.

Instalado no Centro Industrial de Subaé (CIS), o empreendimento ocupa 66 mil m² de área total construída, dos quais 18 mil m² apenas para o Centro de Distribuição. A expansão desta unidade fabril já está em estudos e deve ser concluída em duas fases futuras. “A nova fábrica da Nestlé na Bahia reforça nossa confiança no País e o compromisso de gerar oportunidades de emprego e renda para a população, principalmente do Nordeste, que consideramos uma região estratégica em nossos planos de crescimento”, diz o presidente da Nestlé, Ivan F. Zurita.

Segundo Zurita, a cidade foi escolhida por contar com um importante pólo industrial na região e por estar estrategicamente localizada, o que contribuirá para reduzir os custos – principalmente logísticos –, e fazer com que os produtos da Nestlé sejam comercializados a preços mais compatíveis com a renda da população local.

A fábrica e o Centro de Distribuição de Feira de Santana atenderão ao aumento da demanda do mercado nordestino por produtos da Nestlé, que cresceu mais do que o dobro se comparado a outras regiões do País. Esse crescimento é reflexo do investimento que a empresa vem realizando para aumentar sua presença no Nordeste, dentro do projeto de regionalização iniciado em 2004, um dos pilares de crescimento da companhia para os próximos anos.


PRODUTOS NESTLÉ PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA

A Nestlé está intensificando o seu enfoque em produtos para consumidores emergentes, dirigidos ao atendimento de necessidades específicas de mais de 2,8 bilhões de consumidores de baixa renda em todo o mundo, cujos rendimentos são inferiores a 10 dólares diários.Uma vez que esse grupo gasta cerca de 510 bilhões de dólares por ano em alimentos, e a participação da Nestlé no mercado globalizado de alimentos é de aproximadamente 2%, a oportunidade que se apresenta à Empresa é de cerca de 10 bilhões de dólares.

A Nestlé fez uso de projetos-piloto em diferentes áreas do mundo para traduzir as necessidades e expectativas dos consumidores de baixa renda em produtos de qualidade e de fácil acesso. Os consumidores de baixa renda preocupam-se tanto com o valor nutricional, qualidade e status de marca de produtos quanto os de outras faixas de renda. Os produtos de posicionamento popular trazem à Nestlé a oportunidade de estar presente entre esse grupo de consumidores, para gerar confiança e fidelidade e para acompanhá-los na medida em que este aumenta o seu poder aquisitivo. Embora os produtos Nestlé possam ser modificados de modo a tornarem-se economicamente mais viáveis, não há em hipótese alguma comprometimento da qualidade, segurança ou dos padrões nutricionais desses produtos. Pelo contrário, a Nestlé está fazendo uso desta oportunidade para solucionar deficiências de micro-nutrientes comuns entre determinados grupos.

Segundo a Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas (FAO), cerca de meio milhão de crianças desenvolvem cegueira em conseqüência da deficiência de vitamina A, o que representa a deficiência vitamínica mais predominante em todo o mundo. A segunda deficiência de nutriente mais disseminada é a do ferro. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de dois bilhões de pessoas – ou seja, mais de 30% da população mundial – sejam anêmicas. A terceira deficiência de nutriente mais observada e a principal causa evitável de danos cerebrais é a falta de iodo. A Nestlé espera que suas fórmulas fortificadas tornem-se um importante elemento no combate contra a desnutrição. Além disso, a adição de ácido fólico (reconhecido como importante elemento na redução do risco de graves defeitos congênitos), zinco (importante para o crescimento e o desenvolvimento do sistema imunológico) e cálcio também faz parte do plano de fortificação recomendado para osprodutos voltados para consumidores de baixa renda.

O êxito geral deste modelo será alcançado por meio de um profundo conhecimento desse novo segmento de consumidores. Considerando que o consumidor de baixa renda geralmente não faz compras em supermercados, estão sendo criados novos canais de distribuição, inclusive a entrega porta-a-porta e outras formas de fazer com que os produtos cheguem até este público de forma mais fácil e econômica. No Brasil, por exemplo, 3.800 mulheres dedicam-se à venda porta-a-porta de produtos Nestlé. O sucesso dessa iniciativa deu início à criação de micro-centros de distribuição em comunidades locais, com a capacidade de atender aos moradores da periferia e áreas rurais.Além de coordenarem a entrega de produtos, esses centros são pontos de contato para iniciativas educacionais e de saúde. Estes sistemas de distribuição reduzem custos e melhoram a viabilidade econômica dos produtos.

Também existem implicações para a publicidade tradicional e para as estratégias de marketing. É evidente que o consumidor desenvolva fidelidade a marcas que demonstrem nítido interesse nele, deste modo o modelo de venda para consumidores de baixa renda vai além da simples modificação de produtos. Iniciativas como o programa de “Conexão com o Consumidor” no Brasil possibilitou que os executivos de Nestlé dedicassem importante parcela de seu tempo para compartilhar experiências com famílias de baixa renda, adquirir experiência em primeira mão das necessidades do estilo de vida local, requisitos nutricionais e expectativas de marca. Os produtos destinados para o projeto foram modificados segundo as experiências acima.

O tamanho da oferta representa outro importante fator: embora os consumidores de baixa renda nas Filipinas não sejam capazes de adquirir uma embalagem de 700g de leite em pó da marca Bear, eles conseguem adquirir um sachê de 26g, disponibilizado nos mercados locais e em uma das 550 mil lojas do país. O entendimento de fatores como armazenamento local e métodos de cocção também são fundamentais na modificação adequada dos produtos Nestlé.

Outros exemplos de produtos para consumidores de baixa renda podem ser vistos em países em desenvolvimento. Na África, os cubos de Maggi são produzidos com sal iodado - o produto mais vendido na Guiné, Camarões e Costa do Marfim. Outros produtos desta categoria foram desenvolvidos na África, inclusive o cubo Maggi Pondu, enriquecido de ferro, e o pó Maggi para pasta, enriquecido de zinco e cálcio. Esses produtos são comercializados e anunciados através de campanhas locais em mercados de frutas e legumes. Em Gana, a mudança da marca de produtos como Milo, uma bebida em pó muito popular, para Chocolim foi muito bem-sucedida, após modificações na embalagem e no processo de fabricação. Na Índia e na China, uma pequena barra de wafer, baseada no êxito de KitKat, também experimentou importantes aumentos de venda entre os consumidores de baixa renda.


REGIONALIZAÇÃO DA NESTLÉ

O Projeto de Regionalização da Nestlé começou em 2000, quando a companhia deu início a pesquisas de mercado no Nordeste. Executivos da empresa foram a campo e visitaram os lares de famílias nordestinas para entender melhor os hábitos de consumo e a cultura dos 50 milhões de consumidores localizados nesta região.

Em 2004, a Nestlé criou a diretoria regional Norte/Nordeste com um único desafio: criar um modelo que atendesse às necessidades desses consumidores. A nova estrutura permitiu à Nestlé desenvolver produtos e ações de comunicação voltadas para o público local. A Nestlé tem por objetivo atender às demandas específicas de cada grupo de consumidores espalhados pelo Brasil. “A empresa não acredita em ‘consumidores globais’; cada região tem características muito peculiares e para isso disponibilizamos produtos próprios para cada um desses grupos”, afirma Zurita.

Essa visão é a base do modelo de regionalização – já colocado em prática por meio de lançamento de produtos particulares para determinadas regiões do País. Para atender ao paladar dos mercados do Nordeste, por exemplo, a Nestlé oferece um café solúvel mais suave (NESCAFÉ Dolca) e biscoitos Bono e Negresco em embalagens menores e o leite em pó Ideal, enriquecido de Ferro, Cálcio e Vitaminas A, C e D, vendido em sachê de 200 gramas.

Com essas iniciativas, a companhia registrou crescimento acentuado no Nordeste em 2006 – o dobro do restante do país – e espera, para 2007, aumentar ainda mais as vendas na região. “Atender esta população é ir além do preço, é entender suas necessidades de consumo e atendê-las de forma adequada”, conclui Zurita.



RESPONSABILIDADE SOCIAL

Faz parte da história da Nestlé construir e manter seus negócios e parcerias com base em princípios e valores humanos sadios. A companhia foi fundada a partir do desenvolvimento, por Henri Nestlé, do primeiro alimento lácteo infantil, que salvou a vida de um bebê: a Farinha Láctea. Esse feito ocorreu na cidade de Vevey, Suíça, em 1867, e inspira as iniciativas sociais da Nestlé em todo o mundo.

No Brasil, especificamente, as práticas organizadas de responsabilidade social têm mais de 40 anos, período em que a empresa vem desenvolvendo uma série de ações de promoção à educação, além de valorizar os colaboradores e fornecedores, respeitar o consumidor, a identidade regional e aplicar a tecnologia a serviço do bem-estar humano.

O Programa Nutrir, uma das principais iniciativas sociais da Nestlé, beneficiou, desde sua criação em 1999, mais de 800 mil crianças em várias cidades do País. O programa tem o objetivo de contribuir para a educação alimentar de crianças e jovens entre cinco e 14 anos que vivem em condições socioeconômicas desfavoráveis.

O voluntariado é a base do Nutrir: nas 23 unidades da Nestlé nas quais o programa está implementado, 1,5 mil funcionários já atuam como voluntários, doando seu tempo para se dedicar ao programa. O colaborador planeja as atividades e realiza oficinas no intuito de aprender a usar o material educativo para a criação de jogos e brincadeiras que são utilizados com as crianças. Na Folia Culinária (encontro entre voluntários e a comunidade), crianças e mães são estimuladas por meio de atividades lúdicas e preparação de receitas, respectivamente. A pauta principal gira em torno de informações sobre os grupos alimentares, além de noções de higiene, saúde e aproveitamento integral dos alimentos. Em 2004, o Nutrir qualificou mais de 329 instituições e 650 profissionais como técnicos, professores e nutricionistas.

O resultado prático do Nutrir tem sido evidenciado a cada dia, por meio das crianças, que abordam os integrantes do projeto com comentários sobre como, por exemplo, “estão se alimentando melhor”. Com relação às mães, elas relatam que estão se tornando multiplicadoras de conhecimento em postos de saúde da região em que moram, além de aproveitarem melhor a compra do mês, barateando seu custo.

O Nutrir é hoje uma das mais importantes iniciativas sociais da Nestlé e já foi implementado em vários municípios dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Goiás e Rio Grande do Sul. A iniciativa tem se mostrado tão bem-sucedida que já é referência para projetos sociais de outras unidades do grupo no mundo. Feira de Santana será a 24ª unidade da Nestlé no Brasil a ser beneficiada pelo projeto que entrará em vigor, num primeiro momento, em escolas municipais da cidade.



LIDERANÇA E COMPETÊNCIA

A Nestlé é a maior Empresa mundial de nutrição, saúde e bem-estar e opera em 86 países com marcas mundialmente consagradas. No Brasil, instalou a primeira fábrica em 1921, na cidade paulista de Araras, para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça por milhões de consumidores.

A atuação da Nestlé Brasil abrange inúmeros segmentos de mercado, entre os quais alimentos infantis, achocolatados, biscoitos, cafés, cereais, cereais matinais, águas, chocolates, culinários, lácteos, refrigerados, sorvetes, produtos de nutrição clínica e de performance, produtos e serviços para empresas e profissionais da área de alimentação fora do lar (FoodServices) e alimentos para animais de estimação.

Atualmente, a rede de distribuição dos produtos cobre mais de 1600 municípios dos mais diversos tamanhos. A Nestlé Brasil e suas empresas coligadas estão presentes em 95% dos lares brasileiros. São 26 unidades – 27 com esta a ser inaugurada hoje – industriais localizadas nos Estados de São Paulo (SP), Minas Gerais (MG), Bahia (BA), Goiás (GO), Rio de Janeiro (RJ), Rio Grande do Sul (RS) e Espírito Santo (ES). Emprega 16,7 mil colaboradores diretos e gera outros 220 mil empregos indiretos, que colaboram na fabricação, comercialização e distribuição dos 1.300 itens de 200 marcas­ que vende no País.

Em todo o Grupo Nestlé, as vendas da Nestlé Brasil ocupam o segundo lugar em volume e o quinto em valor, tendo duplicado nos últimos cinco anos, superando os índices de inflação e do PIB durante esse período.

Fonte: CDN – Companhia de Notícias

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