Piratini/RS
Sexta, 16 de maio de 2025 - 17h43min
Produtor colhe duas batatas-doces gigantes em Piratini, diz Emater/RS
Duas batatas-doces gigantes surpreenderam a comunidade de Piratini, na região da Campanha. As raizes tuberosas, termo técnico do vegetal, de 20kg e 7kg e foram colhidas na horta do agricultor Hélio Ocanho no final de abril. Ele conta que se trata de uma "hortinha caseira em que só colocou água e cuidou. A surpresa veio depois de ir tirando as mais miúdas e achar que não iria "dar nada", encontrar as duas gigantes uma ao lado da outra.
De acordo com a extensionista da Emater/RS-Ascar, Fernanda Silva Corrêa, o tamanho dessa espécie oscila normalmente entre 250g e 350g, sendo o padrão de mercado, com produção entre quatro e seis meses, dependendo da variedade. "As batatas colhidas em Piratini são muito grandes, mas sua ocorrência não é rara. Quem faz produção para o comércio acaba não visualizando, porque a produção é muito dinâmica, então não dá tempo para que a batata se desenvolva muito mais que isso", esclarece a extensionista.
Fernanda acrescenta que crescimento de batatas-gigantes pode ocorrer quando elas não são colhidas e permanecem no solo por mais tempo, especialmente se forem de uma variedade que suporta o inverno sem apodrecer. Nem todas as variedades resistem: algumas apodrecem se não forem retiradas do solo a tempo.
Quando a batata permanece no local onde foi plantada, durante o inverno a parte vegetativa (folhas e caule) morre, pois não tolera o frio. No entanto, elas continuam no solo e, assim que começa a aquecer novamente, com a chegada das temperaturas mais altas, o tubérculo brota novamente, dando origem a uma nova parte vegetativa. Com isso, o processo de crescimento é retomado e a batata continua a se desenvolver.
"É importante destacar que se o tubérculo permanecer inativo no solo sem desenvolver parte vegetativa nos meses quentes, ele pode acabar apodrecendo. O desenvolvimento contínuo só ocorre se houver novas brotações durante as estações mais quentes", finalizou a extensionista.
Fonte: Emater/RS-Ascar